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Sobre a Mata Atlântica
Sobre a Mata Atlântica

      Abrange  parte do território do Brasil, Paraguai e da Argentinna. Apresenta árvores com folhas largas e perenes que atingem de 20 a 30 metros de altura. Não deve ser confundida com a Floresta Amazônica, que é um outro bioma presente na América do Sul.
Foi a segunda maior floresta tropical em ocorrência e importância na América do Sul. Acompanhava toda a linha do litoral brasileiro. Nas regiões Sul e Sudeste a Mata Atlântica chegava até a Argentina e o Paraguai. Em função do desmatamento, principalmente a partir do século XX, encontra-se hoje extremamente reduzida, sendo uma das florestas tropicais mais ameaçadas do globo. Apesar de reduzida a poucos fragmentos, na sua maioria descontínuos, a biodiversidade de seu ecossistema é uma dos maiores do planeta. Seu clima é subtropical e tropical.
      A área original era 1.315.460 km2, 15% do território brasileiro. Atualmente o remanescente é 102.012 km2, 7,91% da área original. Logo em seguida ao descobrimento, grande parte da vegetação da Mata Atlântica foi destruída devido à exploração intensiva e desordenada da floresta. O pau-brasil foi o principal alvo de extração e exportação dos exploradores que colonizaram a região e hoje está quase extinto. Outras madeiras de valor também foram exploradas até a beira da extinção: tapinhoã, sucupira, jacarandá, araribá,piqui , jenipaparana, peroba, urucurana, vinhático e etc...
Os relatos antigos falam de uma floresta densa aparentemente intocada, apesar de habitada por vários povos indígenas com populações numerosas. A Mata Atlântica fez parte da inspiração utópica para o renascimento do mito do paraíso terrestre, em obras como as de Tommaso Campanella e Bacon.
No nordeste brasileiro a extinção foi total, o que agravou as condições de sobrevivência da população, causando fome, miséria e êxodo rural só comparados às regiões mais pobres do mundo.
      Foi a cultura do café a principal responsável pela destruição total da vegetação nativa, restando uma área muito pequena para a preservação de espécies que estão em risco devido a poluição ambiental ocasionada pela emissão industrial de agentes nocivos à sua sobrevivência como por exemplo no município de Cubatão S.P.; mais ao sul na região sula exploração predatória da Mata Atlântica devastou o ecossistema da Floresta das Araucárias devido ao valor comercial da madeira pinho extraída da Pinheiro-do-paraná.
      Além da exploração predatória dos recursos florestais, houve também um significativo comércio de exportação de couros e peles de onças (que chegou ao preço de um boi), antas, cobras, capivaras, cotias, lontras, jacarés, jaguatiricas, pacas, veados e outros animais, de penas e plumas e carapaças de tartarugas.
Ao longo da história, personagens como José Bonifácio de Andrada e Silva, Joaquim Nabuco e Euclides da Cunha protestaram contra esse modelo predatório de exploração.
Hoje, praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a extensão territorial brasileira está totalmente destruída. Do que restou, acredita-se que 75% está sob risco de extinção total, necessitando de atitudes urgentes de órgãos mundiais de preservação ambiental às espécies que estão sendo eliminadas da natureza de forma acelerada. Os remanescentes da Mata Atlântica situam-se principalmente nas Serras do Mar e da Mantiqueira, de relevo acidentado.
Exemplos claros da destruição da mata são a Ilha Grande, Serra da Bocaina e muitas regiões do estado do Rio de Janeiro.
Entre 1990 e 1995, cerca de 500.317 ha foram desmatados. É a segunda floresta mais ameaçada de extinção do mundo. Este ritmo de desmatamento é 2,5 vezes superior ao encontrado na Amazônia no mesmo período.
      Em relação à exuberância do passado, poucas espécies sobreviveram à destruição intensiva. Elas se encontram nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, sendo que existe a ameaça constante da poluição e da especulação imobiliária.




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